a prejudicar-nos e que está a ficar fora de controlo. Antes da lâmpada de Edison havia muito pouca radiação eletromagnética no nosso meio ambiente. Os níveis hoje estão muito, muito acima dos níveis de fundo naturais e estão a crescer rapidamente devido a todos os novos dispositivos que emitem esta radiação. Um exemplo que muitos de nós temos nos nossos bolsos neste momento é o telemóvel. Um estudo mostra que o uso de telemóveis alastrou largamente, a incidência de cancro em jovens mais que triplicou. Estamos a colocar torres de telemóveis em cima de prédios residenciais e em hospitais onde as pessoas procuram melhorar a sua saúde. Torres de telemóveis estão a cobrir a vizinhança com radiação. É particularmente assustador que radiação proveniente da nossa tecnologia de telecomunicações e de alta tensão está a danificar o ADN das nossas células. É claro para muitos biólogos que isto poderá ser responsável pelo crescimento das taxas de incidência de cancro. As gerações futuras, as nossas crianças estão em risco. Estes biólogos e cientistas não estão a ser ouvidos nos comités que estabelecem as normas de segurança. Os fatos biológicos estão a ser ignorados e como resultado os limites de segurança estão muito altos. Não dão proteção. Mais proteção poderá resultar da revelação total do possível conflito de interesses entre reguladores e indústria. A crescente exposição à radiação eletromagnética é um problema global. A Organização Mundial de Saúde e as instituições internacionais que estabelecem normas não estão a atuar no sentido de protegerem a saúde e o bem-estar públicos. Guias internacionais de exposição para campos eletromagnéticos devem ser fortalecidos para refletir a realidade do seu impacto nos nossos corpos e em particular no nosso ADN. Embora ainda estejamos no meio de uma grande transformação tecnológica, o tempo para tratar dos efeitos biológicos prejudiciais e de saúde já foi largamente ultrapassado. Realmente, fazemos todos, parte de uma grande experiência biológica sem o nosso consentimento informado. Para proteger as nossas crianças, a nós próprios e ao nosso sistema ecológico temos que reduzir a exposição estabelecendo mais guias de proteção. Por isso, hoje, cientistas de todo o mundo estão a submeter um apelo às Nações Unidas, aos seus estados membros e à Organização Mundial de Saúde para providenciar liderança para tratar desta emergente crise de saúde pública".